Excluídos da sua própria humanidade
Por volta dos anos 70 nós tínhamos tínhamos 3 classes sociais, ricos, classe media e proletariado, as greves traziam resultados pra toda a classe no país(como a mais recente greve dos caminhoneiros, coisa mais rara hoje em dia).
Com a automatização do trabalho, vagas de trabalho ficaram mais concorridas então, acaba a guerra de classes e se trás a guerra de cada um por si, para manter-se empregados, e os perdedores são empurrados para a margem da sociedade, perdendo seus postos de trabalho, e seu poder aquisitivo, poucas opções restam a eles para sobreviver, assim surgem os chamados "excluídos".
A pergunta que se faz é: Excluídos de quê? Da sociedade? Eles ainda participam dela. Seja cometendo atos ilícitos, ou até mesmo fazendo malabares nos semáforos, ou sendo aquele mendigo que incomoda pelo seu cheiro. Ele ainda está ali.
Então do que podem eles ser excluídos? O processo de inclusão deles servirá para inclui-los a onde? Num mercado de trabalho super-lotado? De volta na sociedade de onde elas nunca saíram? De volta a encher o bolso de terceiros mesmo que de forma indireta?
Sabemos que mortes de pessoas em situação de rua são comuns e pouco chocante. homicídios dessas pessoas não ganham a mídia pois elas não são mais vistas como gente. A própria morte delas já não choca, se essa pessoa não move mais a roda do capital, não tem um emprego, não tem como ganhar dinheiro, é vista como inútil, preguiçosa e melhor morta pelo resto da sociedade, elas tem que ser tiradas da visão do resto da população.
No fim das contas, os projetos que visam a inclusão dessas pessoas são realmente úteis? Ensinar um oficio, num mercado super lotado, vai garantir emprego pra alguma dessas pessoas? Podar a árvore vai curar uma raiz apodrecida?
Finalizo com um poema de Manuel bandeira:
"O bicho
Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem."
Com a automatização do trabalho, vagas de trabalho ficaram mais concorridas então, acaba a guerra de classes e se trás a guerra de cada um por si, para manter-se empregados, e os perdedores são empurrados para a margem da sociedade, perdendo seus postos de trabalho, e seu poder aquisitivo, poucas opções restam a eles para sobreviver, assim surgem os chamados "excluídos".
A pergunta que se faz é: Excluídos de quê? Da sociedade? Eles ainda participam dela. Seja cometendo atos ilícitos, ou até mesmo fazendo malabares nos semáforos, ou sendo aquele mendigo que incomoda pelo seu cheiro. Ele ainda está ali.
Então do que podem eles ser excluídos? O processo de inclusão deles servirá para inclui-los a onde? Num mercado de trabalho super-lotado? De volta na sociedade de onde elas nunca saíram? De volta a encher o bolso de terceiros mesmo que de forma indireta?
Sabemos que mortes de pessoas em situação de rua são comuns e pouco chocante. homicídios dessas pessoas não ganham a mídia pois elas não são mais vistas como gente. A própria morte delas já não choca, se essa pessoa não move mais a roda do capital, não tem um emprego, não tem como ganhar dinheiro, é vista como inútil, preguiçosa e melhor morta pelo resto da sociedade, elas tem que ser tiradas da visão do resto da população.
No fim das contas, os projetos que visam a inclusão dessas pessoas são realmente úteis? Ensinar um oficio, num mercado super lotado, vai garantir emprego pra alguma dessas pessoas? Podar a árvore vai curar uma raiz apodrecida?
Finalizo com um poema de Manuel bandeira:
"O bicho
Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem."
Emblemático o poema! é isso, viramos bicho, sob vários aspectos, mas também somos piores que bichos em muitos outros, quando matamos, destruímos, privamos os demais de seus direitos básicos. Costumamos dizer que vivemos numa selva, mas na selva, os animais agem para manter a sobrevivência; já na selva capitalista, os homens agem para obter cada vez mais lucro, independente do que tenham que fazer para isso conseguir...
ResponderExcluirOscilo muito nas minhas opiniões. Confesso que minha parte acadêmica, voltada para o social, quer ensinar, ensinar, comunicar e sempre aprender enquanto meu lado mais "área um", Spock, pensa muito no pra que tudo isso.
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